sexta-feira, 11 de março de 2011
Hole
Não amava ninguém. Acho que este poderia ser o slogan para ela.
Sentia-se meio Summer, sabe?
Mas nada podia fazer em relação à isso. Simplesmente não acontecia, como o sol que desaparecera no carnaval, como o vento que nunca batia no rosto numa cidade como Miami.
Ela era vazia e ao mesmo tempo feliz e completa. Fazia o que dava na telha e, certamente, dilacerava corações. Ficava meio atordoada com isso, mas o que poderia ser feito?
Achava que ficaria sozinha por um bom tempo, já que experiências passadas as impediam de retirar este muro do relacionamento de sua frente.
Ah, e esse muro. Ás vezes ele existia apenas pelo medo de se envolver. Preferia assim, sem amar ninguém, só a si mesma.
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