sexta-feira, 24 de abril de 2009

Um bom lugar pra ler um livro

Alguns minutos e cá estamos.
Uma represa no meio do nada.
Bambus, grama, flores e (muitos) girinos.
Cheiros fortes vêm, respingos d'água vão.
Verdes, colorido, preto.
O contato com a natureza limpa a alma.
E eu, com a preocupação com os Anopheles que me consomem.
Apenas uma frase soa na minha cabeça:
- Ih garota, abstrai!

terça-feira, 21 de abril de 2009

A santinha e o filho do Demo

O casal o aguarda.
Papo vai, papo vem.
Beijos vêm, beijos vão.
Apenas dois segundos passados e lá está ele. O invencível!
Justo agora - pensa a menina - Agora que estamos bem... Agora que a saudade já fora matada e estava começando a surgir novamente?
Justo agora - pensa o menino - Agora que resolvi assumir os meus sentimentos? Agora que nada mais me dói no peito, pois posso olhar para esta criatura a centímetros de distância de meus lábios e falar: é minha. Justo agora?
Um abraço de um instante torna-se uma eternidade em que os enamorados não querem se soltar.
Um vazio toma conta de ambos. E ele tem nome: insegurança.
Como será daqui pra frente?

Pois bem, o ônibus só passa quando eu não preciso!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Vermelho e preto

Ansiedade. - Não chega 16 horas!
Expectativa. - Será que vamos de novo?
Tensão. - Mãe, tô tensa!
Xingamentos. - Claro que não foi isso cac#&%!
Pessimismo. - Nossa, vão me zuar muito se perdermos.
Esperança. - VAI, VAI! Olha ele lá do outro lado... sozinho! Bora!

Alívio. - OOOOE, contra!
Modéstia. - Vice de novo!
Comentários (a parte). - Bruno, esse Everton hein... gosto muito.
Comentários (a parte 2). - Ai, pego o Cuca hein!

Fim do jogo. Campeões.

Realm
ente, é muito bom ser Flamenguista.

domingo, 19 de abril de 2009

Fugere urbem

A menina chegou revoltadíssima no aniversário. Voltar para casa a irritava, às vezes. Cumprimentou todos, principalmente ele. É... Ele. O famoso Romeu.
O ambiente estava es
tranho. Por qual motivo? Nem ela mesma sabia. Tentou dançar, não deu. Tentou beber, não desceu. Tentou sorrir, desistiu. Quero ir pra casa, ela disse. Foi, com o coração doendo. Pra que esse sofrimento agora? Depois de tanto tempo... É, às vezes era isso.
Tanto tempo passou, nada fora resolvido. Destinos totalmente opostos.
Tudo o que ela pedia a Deus estava lá, no corpo e nas atitudes de Romeu. Entretanto ele estava bem, feliz com Rosalina.
Julieta não sabia o que fazer.
Fugir para uma cidade estranha e feia seria a solução, mas não a resolução de um caso (momentaneamente) perdido.
Então ela resolveu sorrir, beber, dançar. Porque quando ela sai pra dançar funk com a Macabéa e a Cazuza, não há problema que a impeça de ser feliz.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Cadinelli

Somos irmãs. De sangue ainda.
Bem... não tão de sangue assim, já que viemos de universos diferentes.
Creio que nossas almas se dão muito bem. Isso, achei o significado pra tamanho carinho!
Mas será que não de sangue mesmo? Vai saber né... aquelas épocas do Aero. Não, não... seria bom demais pra ser verdade.
Utopia, tudo utopia!
Mas será que... ou então... caso se?
Prefiro não pensar assim. Para mim, de coração: ainda que de sangue, irmãs somos.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Entre pedras, ésses e cordas vocais

Lá em casa... Bem, lá "em casa" não, que mamãe briga!
Lá na humilde residência provisória (melhor!) todas somos diferentes. Cada qual com sua personalidade e (de fato) seus defeitos.
Uma é como o Cazuza (sem as drogas e o gosto alternativo). Fala aSSim. Um charme! Pena não poder demonstrar este impacto sonoro na internet. Taí, finalmente um problema que descubro da internet e que ainda não foi solucionado (para o momento)... Enfim, ela é como o Cazuza.
A outra deveria trabalhar em uma mineiradora. Sério, ela possui muitas pedras! Para mim, todas são preciosas, tirando o fato que causam certa dor, mas... Quem mandou não comer carne?
E eu? Mc Rouquinha?
É... acho que vou investir neste meu talento.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Pregando

"O pior é que era coxa. Uns olhos tão lúcidos, uma boca tão fresca, uma compostura tão senhoril; e coxa! Esse contraste faria suspeitar que a natureza é às vezes um imenso escárnio. Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?"

sábias palavras, Machado.

Drummondeando


No meio do caminho tinha um prego
tinha um prego no meio do caminho

tinha um prego

no meio do caminho tinha um prego.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha um prego
tinha um prego no meio do caminho
no meio do caminho tinha um prego.

e foi assim que fiz meu segundo teste do pezinho aos 18 anos!