terça-feira, 26 de julho de 2011

Novo

Sinto-me tão mais leve. Tão mais viva.
Não que não me sentisse assim antes, mas agora realmente posso ser eu mesma.
Tentei de tudo e mais um pouco.
Posso respirar aliviada pois não haverá remorsos.
Nem mágoas, nem arrependimento. Só carinho, afeição e saudade.
Sim, muita saudade.
Saudade de momentos vividos, de sorrisos e cheiros.
Mudei muito, assumo, porém jamais esquecerei.
Apenas amadureci.

Como disse uma vez Cazuza:
"... mas ainda tenho muitos medos
medo de voar, de amar
medo de morrer, de ser feliz
medo de fazer análise e perder inspiração.
Ganho dinheiro cantando minhas desgraças.
Comprar uma fazenda e fazer filhos
talvez seja uma maneira de ficar pra sempre na terra
porque discos arranham e quebram.
Amor, Cazuza"

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Aos olhos de Monet




Como os dias são mágicos. Não sei se você já chegou a este mesmo pensamento que eu, mas podemos passar por experiências boas e ruins ao longo do dia e simplesmente deitar numa cama a noite e esquecer de tudo e todos por algumas horas e ainda poder acordar no dia seguinte mil vezes melhor.

Sei que há uma pesquisa que diz que ao longo da vida as pessoas lembram de apenas 1/5 de seus dias (algo em torno disso), pois simplesmente nada demais aconteceu nos 4/5 dias. Creio que sou uma exceção pois, como dizem, tenho uma memória muito boa.

Lembro-me dos aniversários dos coleguinhas no colégio Turma da Mônica, no meu maternal.

Lembro-me de brincar de ginástica na garagem da casa de minhas primas, tendo apenas 4 ou 5 anos.

Não esqueço jamais de quando descobri o amor simples e sincero nos olhos de quem eu tanto convivia, lá pelos meus 8 anos. Nem de quando dancei músicas do Skank nas ruas do bairro e dos rituais loucos que criei com amigas.

Creio que para sempre levarei na memória a história da menina que roubava aparelho móvel no colégio. E também das minhas viagens com amigos para Orlando, Porto Seguro e Angra dos Reis.

ô Porto Seguro com suas boates e paisagens... ô Angra dos Reis com seu pôr-do-sol radiante e memorável no Condomínio Porto Marina Bracuhy.

Levarei estes e MUITOS MAIS momentos comigo para o resto da vida.

Peço com todas as minhas forças para não esquecer de cada detalhe e de cada pessoa que apareceu na minha vida e que ou foram embora, ou ainda virão.

Logo me deitarei agora para ter sonhos coloridos e saborosos, enquanto espero o dia seguinte chegar e minhas decisões tomar (ih, rimou!)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Hole


Não amava ninguém. Acho que este poderia ser o slogan para ela.
Sentia-se meio Summer, sabe?
Mas nada podia fazer em relação à isso. Simplesmente não acontecia, como o sol que desaparecera no carnaval, como o vento que nunca batia no rosto numa cidade como Miami.
Ela era vazia e ao mesmo tempo feliz e completa. Fazia o que dava na telha e, certamente, dilacerava corações. Ficava meio atordoada com isso, mas o que poderia ser feito?
Achava que ficaria sozinha por um bom tempo, já que experiências passadas as impediam de retirar este muro do relacionamento de sua frente.
Ah, e esse muro. Ás vezes ele existia apenas pelo medo de se envolver. Preferia assim, sem amar ninguém, só a si mesma.