Imagino como é a vida da Luly e de outras milhares de pessoas deste país que moram sozinhas. Literalmente sozinhas.
Deve sempre haver um vazio.
O rádio jamais deve ficar desligado. A TV então, nem se fala.
Vozes tem que completar uma casa em que o silêncio é o macho alfa.
Textos tornam-se conversas que poderiam acontecer entre pessoas. Às vezes nem isso há.
Para a minha felicidade, eu tenho minhas flores.
A mais calada de todas chama-se Filó. Essa só gosta de pegar um bronze no sol (quando as outras habitantes da casa lembram de deixa-la lá).
A mais menininha de todas chama-se Cazuza.. opa! Karol. Ela gosta de salsichas e de deitar na minha cama para ver a Maya. Are baba!
A mais revolucionária chama-se Marina. Ou Isabela? Ela faz Direito? Não, não! Ela me disse que faz Zootecnia. Sério? Nem, primeira regra: não acredite nela. Ponto.
Imagine a vida sem este jardim!
Decoração verde ao lado do fogão com o grave risco de pegar fogo, não haveria.
Alguém para falar: "Bibi, me ensina forró?" Ou então: "Bibi, come só uma garfada do macarrão." Não haveria.
Em suma, sem vocês eu nada seria... Minhas heroínas.
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