Andava suada, fresquinha de academia e do aero jump. Carregava uma bicicleta sem muita força e um saco de blusas com certo esforço.
Passando pela rua do cachorro irritante (que só latia a noite para todos que ultrapassavam o perímetro de sua residência),de dedos cruzados para não ser atacada de surpresa, percebi que havia um clima de excitação no ar. Eram crianças brincando de pique-esconde! Fiquei tão feliz de ver que, pelo menos nesta cidade esquecida pelos políticos e, de certa forma, por todos os brasileiros, há ainda o antigo jeito de brincar que mais adorava! 1-2-3 Bianca! Ninguém me pegava. Foi tão gostoso aqueles poucos segundos em que passei ao lado de um menino, baixinho, de aproximadamente uns 9 anos, negro e com bochechas gordas, contando: 1,2,3,4... lá vou eu! sendo que bem atrás dele tinham três almas puras e sapecas prontas para dar o bote assim que ele saísse. E não foi o que aconteceu? Mal tinha acabado de contar e as três mãozinhas já encontaram na parede, citando seus nomes. Coitado, nem deu tempo de sair para procurar. Crianças safadinhas.
Ah, que saudade do MEU tempo.